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Transição energética e a luta contra as alterações climáticas


Elevação dos oceanos como consequência de alterações climáticas
Foto by Greenpeace (2010)

Nas últimas décadas, a discussão ambiental vem se tornando cada vez mais importante, sendo umas das principais pautas da sociedade atual. Ao longo do tempo fomos percebendo que as ações que tomamos refletem no ambiente, seja de forma positiva ou negativa. E progressivamente a humanidade se deu conta que esse reflexo é majoritariamente negativo. Anos e anos de industrialização e péssima administração de recursos naturais provocaram consequências seríssimas para o planeta, causando alterações climáticas muito graves. Estas mudanças foram provocadas, em grande parte, por ações humanas, e as consequências trazem reflexos negativos para a saúde das pessoas, do planeta, e das empresas.


Elevação do Nível do Oceanos


Uma previsão do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (ou IPCC em inglês), apresentada em 2013, mostrava que o nível do mar poderia subir de 52 cm a 98 cm até 2100 [1].  Esse número pode parecer pequeno, pois afinal o que é um aumento de meio metro no nível do mar? Em termos de extensão é muito!  Um aumento de um metro no nível do mar pode fazer com que algumas ilhas, cidades, ou até mesmo países inteiros desapareçam. Locais como Miami, Alexandria, Rotterdam, Bangkok e Veneza podem sumir completamente do mapa se continuarmos no mesmo caminho. E cidades como Manila e algumas outras ilhas das Filipinas já estão sentindo o impacto do aumento do nível dos oceanos.

Depois de divulgada essa informação, esperava-se que alguma coisa fosse feito, certo? Só que não!

Novas pesquisas realizadas mudaram essa previsão, e agora indicam que a elevação do nível dos oceanos pode chegar a 2 metros!  A inundação provocada por este movimento do mar seria de 1,79 milhão de quilómetros quadrados, o equivalente ao tamanho da Líbia.  Imagine, então, se todas as pessoas que moram na Líbia tivessem que se refugiar em outro país. 


Acredita-se que em torno de 300 milhões de pessoas ficariam desabrigadas, e áreas de plantio enormes seriam perdidas. Estima-se que a Asia seja a região mais afetada, e nesse estudo seis países se destacam: China, Bangladesh, Índia, Vietname, Indonésia e Tailândia.

Infelizmente, as alterações climáticas já provocaram uma mudança irreversível em relação a elevação do nível do mar, mas podemos diminuir esse fenômeno, e uma das formas é mudando a nossa base energética para carbono zero.

Base Energética


Por ser baseada principalmente em fontes de energia não renováveis, e na queima de combustíveis fósseis, a nossa base energética atual é extremamente prejudicial e desfavorável ao meio ambiente. Na queima do petróleo, que é a fonte mais utilizada desde a Segunda Revolução Industrial, seguido do carvão e do gás natural, ocorre a liberação de gases poluentes como o óxido nitroso (N2), dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4). Esses gases provocam a poluição atmosférica, acelaram o fenômeno do Aquecimento Global, e contribuem para as mudanças climáticas, além do risco da poluição hídrica que pode acontecer nas plataformas marítimas devido à possíveis vazamentos, como o que ocorreu no Golfo do México.  Isso sem contar o desperdício de energia gerado na produção e consumo de determinados bens.

Por isso discute-se tanto a substituição de combustíveis fósseis por outras fontes de energia mais favoráveis ao meio ambiente, como por exemplo a energia solar, eólica, das marés, etc. Chegando portanto a transição energética, que compreende a produção de energia limpa sem a queima do carbono, a crescente penetração da energia renovável na matriz de fornecimento de grandes empresas e governos, e o desenvolvimento e aperfeiçoamento de redes de transmissão e armazenamento de energia.


A mudança de fontes de energia não renováveis ​​como petróleo, gás natural e carvão para energia renovável é possível graças aos avanços tecnológicos e a pressão da sociedade civil em direção à sustentabilidade, portanto cabe a cada um de nós fazer nossa parte, dentro de nossas próprias limitações, para contribuir para o avanço da transição energética.


 

Referências:

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